Belo Monte Dam

O governo brasileiro está planejando construir o que seria a terceira maior hidrelétrica do mundo em um dos principais afluentes do rio Amazonas, o Xingu. A Barragem de Belo Monte desviaria 80% o fluxo do rio Xingu e devastaria uma extensa área de floresta tropical brasileira, deslocando mais de 20.000 pessoas e ameaçando a sobrevivência de diversos povos indígenas.  Veja mapa aqui.

O projeto de barragem mais controverso existente no Brasil hoje, Belo Monte é uma luta pelo futuro da Amazônia. O governo brasileiro tem planos para construir mais de 60 grandes barragens na bacia amazônica nos próximos 20 anos. Muitos brasileiros acreditam que, se a usina de Belo Monte for aprovada, irá representar uma carta branca para a destruição de todos os magníficos rios da Amazônia – entre eles o Tapajós, o Teles Pires, Araguaia-Tocantins, e assim por diante. A Amazônia pode se tornar uma série interminável de reservatórios sem vida, cuja vida seria drenada por paredes gigantes de concreto e aço.

O governo diz que o projeto custará mais $ 10 bilhões de dólares, mas analistas da indústria dizem que, devido às dificuldades na construção de um projeto deste porte na Amazônia, o seu custo pode facilmente exceder os U$16 bilhões de dólares. Enquanto o projeto terá uma capacidade instaladade 11.233 MW, a barragem seria altamente ineficiente, gerando tão pouco quanto 1.000 MW durante a estação de seca que dura de 3-4 meses por ano.

O custo extremamente elevado do projeto e as grandes variações sazonais no fluxo do rio Xingu levam muitos a acreditarem que após a conclusão de Belo Monte, o Brasil irá construir outras barragens a montante, com maior capacidade de armazenamento para garantir que haja água suficiente para Belo Monte gerar eletricidade durante o ano inteiro.

Qual é o verdadeiro custo da barragem de Belo Monte? A resposta é que ninguém sabe ainda. O que está claro é que Belo Monte será um dos mais devastadores projetos de infra-estrutura já construidos na Amazônia. A International Rivers está trabalhando ao lado dos Kayapó e outros grupos indígenas, assim como com ativistas em defesa do meio ambiente e dos direitos humanos para proteger a bacia do rio Xingu da ameaça de grandes barragens e para promover alternativas que possam suprir as necessidades energéticas brasileiras.

More information: