Pantanal wetlands site planned for barge port, Mato Grosso

Hidrovia Paraguai – Paraná

A hidrovia é um plano dos cinco paises da bacia da Prata para transformar os rios Paraguai e Paraná em um canal industrial de navegação. Segundo o plano original desenvolvido em 1997 pelo Comitê Intergovernamental da hidrovia (CIH), com o apoio do Banco Interamericano de Desenvolvimento e o Programa das Nações Unidas para Desenvolvimento, se faria intervenções de engenharia, inclusive derrocamento, dragagem, e canalização estrutural em centenas de sítios ao longo do sistema de 3.400 km, desde Cáceres, Mato Grosso, Brasil até Nova Palmira, Uruguai. O Pantanal, a maior região de planícies inundáveis do mundo, seria gravemente atingido, com cientistas prevendo que a canalização do rio Paraguai causaria os pantanais a secar, com uma perda enorme de biodiversidade.

Os estudos originais para este projeto foram desqualificados como resultado de criticas de técnicos independentes, organizadas pela Coalizão Rios Vivos, que não somente divulgaram objeções técnicas ao projeto, mas também organizou uma ampla coalizão de entidades ambientalistas, sociais, e indígenas na discussão de alternativas a hidrovia, junto com as comunidades locais da região.

O destino da hidrovia continua em questão. A Corporação Andina de Desenvolvimento (CAF) doou US$940.000 ao CIH para a realização de novos estudos, para "complementar" os estudos originais. Os novos estudos projetam derrocamento e dragagem de volume ainda maior para garantir a passagem de comboios de barcaças por 23 passos considerados "críticos", inclusive os no Canal Tamengo (Bolívia) e entre Corumbá e o rio Apa no Pantanal.

Entidades da sociedade civil seguem se organizando em contra este projeto mal–concebido, e à destruição dos rios Paraguai e Paraná.

More information: 

Taller Ecologista de Rosário, Argentine organization which questions the need for the hidrovia.